Muito legal você compartilhar sua jornada, Carol! Somos seres desejastes, cheios de camadas e, além disso, a gente vai mudando ao longo da vida - e que alívio a gente se permitir mudar. Sigo acreditando que a liberdade para poder sermos nós mesmos é das coisas mais importantes e desafiadoras. Ser quem somos e seguir o sendo ao passo que mudamos são dois exercícios que precisamos praticar cotidianamente.
Me leva pra comer um torresminho com limão capeta com você? Que linda a sua partilha minha amiga! A vida é sobre equilíbrios, ajustes, rotas e universos particulares. Que lindo ver que você está cuidando do seu com cuidado, respeito e acima de tudo: generosidade. Te amo.
a vida prática tem nuances e contradições. acho que só não se depara com elas quem não vive. muito bonito o jeito que vc sempre se posiciona, carol. <3
Eu acho que conseguir viver sem julgar tudo e todos ao nosso redor só é possível através da maturidade, (e isso nada tem a ver com a idade física de um indivíduo). Eu sou vegana e consegui ler seu texto com muito carinho e respeito pela sua história... daí percebi que estou realmente amadurecendo pra esse e outros assuntos hahaha
Não posso deixar de dizer que achei muito corajoso vc expor uma conversa que não é com todo mundo que a gente consegue ter, e acredito que vc ainda sofra com haters do mundo vegano moralista. Mas tenho que dizer que seu trabalho é de uma importância gigantesca fazendo as pessoas CRIAREM DESEJO pelos vegetais. Obrigada pela reflexão e pela coragem.
Estou nesse processo há um tempinho, que as vezes me faz sentir culpada. Depois de 8 anos sem comer carne e nem sentir vontade de comer, do nada (mas a gente sabe que não é) comecei a pensar demais em coxinha (minha comida favorida da infância) e pensar em comida no geral o dia todo. Com isso, sem perceber, comecei a perder o gosto por cozinhar minhas comidas da semana sem entender o motivo. Mas pensava em comida sempre. Foram meses sem entender o que tava acontecendo. Comecei a ficar obcecada.
Há poucos dias me permiti a experimentar, comi o frango com quiabo da minha mãe e foi como um abraço! Como isso pode ser ruim?
Me identifiquei muito com a parte do seu texto "eu ri quando a apresentadora perguntou o que eu achava da dieta flexitariana" eu também ria, mas me peguei pensando no quanto essa forma de lidar com a comida é tão mais respeitosa com as nossa limitações de ser humano.
Carol, passei por algo muito parecido. Em 2022, fui visitar minha irmã em Lisboa depois de cinco anos sem vê-la — e também sem provar a comida dela, já que eu era vegana há seis anos. Ela preparava as refeições dela e das minhas sobrinhas, e eu fazia as minhas separadas. Mas, de repente, não consegui resistir aos pratos dela… Me peguei comendo escondido um pouco do creme de frango com curry que ela faz, que é simplesmente delicioso.
Hoje, em 2025, adoto uma alimentação mais flexível: em casa sou ovolactovegetariana, e fora me permito saborear uma ginga com tapioca, prato típico da minha cidade, ou um pastelzinho de caranguejo na praia — e me sinto em paz com isso.
e carol eu tenho arrependimento que nessa mesma viagem fui visitar uma amiga em barcelona e da vez de comer a paella tradicional, comi uma vegana por sentir muita culpa uauahs mas ano que vem eu dou um jeito nesse desejo, bjoss
Até me emocionei aqui Carol.. Muito doido como o desejo conversa vez ou outra com nossas memórias afetivas né? Eu já me denominei vegetariana por uns meses, mas logo caiu por terra quando mudei do interior pra São Paulo e aos domingos, na minha rua, tinha uma feira que vendia um pastel de carne e o recheio era do jeitinho que minha mãe preparava quando era criança. Não pensei duas vezes em quebrar a escolha do: ou pastel de queijo ou de palmito.
Nessa mesma época, graças a uma amiga vegetariana, encontramos pertinho dessa minha casa, uma das pizzas mais deliciosas e vegetarianas que já comi. Foi ali que percebi que estava tudo bem consumir carne, mas também era importante aumentar o consumo de vegetais, já que o vegetarianismo estava presente na vida de alguns amigos. Mal sabia eu, que anos depois, me tornaria cozinheira e um dos meus primeiros trabalhos seria dentro de um restaurante vegano e a paixão pelos vegetais cresceria num nível absurdo. E mesmo sem deixar de consumir carne eu era a palestrinha dos vegetais, e as pessoas: mas você é vegana? E eu: não hahahah 🤭
É muito bonito destruir a barreira que nós mesmas criamos para nos limitar dentro das nossas verdades. Que bom poder mudar de ideia. Que bom poder ser verdadeira e contraditória. E que bom, apesar da dor e exposição, ler relatos como esse. Viva a liberdade de poder estar alinhada com os nossos desejos!
Tenho comido carne às vezes. Não é a regra da minha alimentação, não sinto vontade com frequência, mas poder abrir exceções e fazer isso quando sinto muita vontade me liberou consideravelmente da minha compulsão. Ah, e no contexto de síndrome de intestino irritável, que não tenho conseguido comer leguminosas, poder comer um peixe sem culpa pra variar do tofu também tem me ajudado
Carol, espero que você venha a Porto Alegre em breve para que eu possa retribuir, pessoalmente, o abraço que me foi dado ao ler seu texto. Não sou vegetariana, mas o consumo consciente de carne (sobretudo gado e porco) é algo que acredito MUITO (considerando que nasci em uma cidade que depende do agropecuária, foi bem difícil no começo). Inspirada aqui!
Carol, a sinceridade com nós mesmas é sempre o melhor caminho.
Eu te entendo e, como você mesma exemplificou no texto, você não está só.
Em 2021, depois de 4 anos vegetariana, ao me mudar para uma cidade do interior de São Paulo com muitos restaurantes especializados em carne de porco (e nenhum vegetariano) acabei voltando a comer carne pontualmente, principalmente na rua. Naquela época fez sentido, eu queria experimentar aqueles sabores.
No final de 2023 eu voltei ao vegetarianismo, pq foi o que fez sentido pra mim naquela época e segue fazendo agora. Mas sei que a qualquer momento posso mudar de ideia, é isso. Somos mutáveis e é bonito demais quando aprendemos a nos respeitar assim.
Grata por compartilhar algo tão íntimo como suas escolhas diárias! Me identifico muito. Tentei o veganismo por 1 ano mas me restringiu demais, inclusive nas interações sociais. Aí voltei para o ovolactovegetarianismo, dieta que fez parte da minha vida por uns 5 anos, até que comecei tb a salivar por iscas de peixe frito e um dia simplesmente comi da porção que minhas amigas pediram. Passaram-se mais 7 anos no ovolactovegetarianismo com peixes esporadicamente. Até que em janeiro deste ano fui com meu companheiro no Namastê, um restaurante indiano em BH, e ele pediu Coxinha de frango frita, extremamente crocante e suculenta. Avisei pra ele: não assusta, vou comer uma! Ele ficou completamente espantado haha. Desde então venho comendo frango, as vezes por vontade, as vezes por ser uma opção proteica mais saudável. Mas confesso que não aprofundou muito o pensamento no sofrimento animal porque me traz imensa culpa, estou aprendendo ainda a lidar c isso. Mamíferos eu nunca gostei de comer, desde pequena, e tenho a mesma reação que vc teve qdo te perguntaram sobre deixar o veganismo, me parece uma ideia absurda. Mas é isso, vivemos em sociedade e eu adoraria que todos os lugares tivessem refeições vegetais saborosas e equilibradas, mas enquanto o sabor de pizza preferido da minha mãe for frango com catupiry e me sogro fizer peixe assado que ele pescou, eu quero poder desfrutar. Nossa, ficou um textão, realmente me identifiquei muito rsrs
essa parte das restrições sociais foi a pior pra mim, te entendo perfeitamente! e obrigada pelo textão, o tanto que amo quando as pessoas escrevem de volta, sério! amei saber :)
Amiga eu passei por esse mesmo processo e tá sendo uma redescoberta comer carne às vezes. Muito bom se permitir. Obrigada pelo texto ❤️
nossa, e o tanto de assunto que vamos ter semana que vem? animada!!!
Muito legal você compartilhar sua jornada, Carol! Somos seres desejastes, cheios de camadas e, além disso, a gente vai mudando ao longo da vida - e que alívio a gente se permitir mudar. Sigo acreditando que a liberdade para poder sermos nós mesmos é das coisas mais importantes e desafiadoras. Ser quem somos e seguir o sendo ao passo que mudamos são dois exercícios que precisamos praticar cotidianamente.
Tô sempre aqui tentando um jeito de deixar o desejo me guiar! Obrigada pela leitura e por ser inspiração! :))))
Me leva pra comer um torresminho com limão capeta com você? Que linda a sua partilha minha amiga! A vida é sobre equilíbrios, ajustes, rotas e universos particulares. Que lindo ver que você está cuidando do seu com cuidado, respeito e acima de tudo: generosidade. Te amo.
eu que vou te pedir pra me levar, amiga! que honra ser lida por você, obrigada por tanto! te amo!!!!!!!!!!!!!!!!
a vida prática tem nuances e contradições. acho que só não se depara com elas quem não vive. muito bonito o jeito que vc sempre se posiciona, carol. <3
graças aos amigos que estão sempre aqui pra conversar e pensar junto! :)
me senti tão acolhida e compreendida. e que leve que é a vida podendo acolher, entender e realizar os desejos do peito e da barriga!
a gente vai aprendendo <3 obrigada!
Eu acho que conseguir viver sem julgar tudo e todos ao nosso redor só é possível através da maturidade, (e isso nada tem a ver com a idade física de um indivíduo). Eu sou vegana e consegui ler seu texto com muito carinho e respeito pela sua história... daí percebi que estou realmente amadurecendo pra esse e outros assuntos hahaha
Não posso deixar de dizer que achei muito corajoso vc expor uma conversa que não é com todo mundo que a gente consegue ter, e acredito que vc ainda sofra com haters do mundo vegano moralista. Mas tenho que dizer que seu trabalho é de uma importância gigantesca fazendo as pessoas CRIAREM DESEJO pelos vegetais. Obrigada pela reflexão e pela coragem.
que lindo, Agatha, me emocionei aqui :) tem veganos e veganos, né? a maior parte deles é 10/10! obrigadaaaaaaaaaa!
Carol! Obrigada por compartilhar seu processo.
Estou nesse processo há um tempinho, que as vezes me faz sentir culpada. Depois de 8 anos sem comer carne e nem sentir vontade de comer, do nada (mas a gente sabe que não é) comecei a pensar demais em coxinha (minha comida favorida da infância) e pensar em comida no geral o dia todo. Com isso, sem perceber, comecei a perder o gosto por cozinhar minhas comidas da semana sem entender o motivo. Mas pensava em comida sempre. Foram meses sem entender o que tava acontecendo. Comecei a ficar obcecada.
Há poucos dias me permiti a experimentar, comi o frango com quiabo da minha mãe e foi como um abraço! Como isso pode ser ruim?
Me identifiquei muito com a parte do seu texto "eu ri quando a apresentadora perguntou o que eu achava da dieta flexitariana" eu também ria, mas me peguei pensando no quanto essa forma de lidar com a comida é tão mais respeitosa com as nossa limitações de ser humano.
Abraços!
a gente acha que tem certezas na vida, só acha! obrigada, Nayara :)
Carol, passei por algo muito parecido. Em 2022, fui visitar minha irmã em Lisboa depois de cinco anos sem vê-la — e também sem provar a comida dela, já que eu era vegana há seis anos. Ela preparava as refeições dela e das minhas sobrinhas, e eu fazia as minhas separadas. Mas, de repente, não consegui resistir aos pratos dela… Me peguei comendo escondido um pouco do creme de frango com curry que ela faz, que é simplesmente delicioso.
Hoje, em 2025, adoto uma alimentação mais flexível: em casa sou ovolactovegetariana, e fora me permito saborear uma ginga com tapioca, prato típico da minha cidade, ou um pastelzinho de caranguejo na praia — e me sinto em paz com isso.
Que você fique bem. Cada um sabe de si, né?
e o pior: esconder o desejo de quem, né? as voltas que a cabeça dá....... obrigada, mulher! bora juntas no caminho do desejo!
e carol eu tenho arrependimento que nessa mesma viagem fui visitar uma amiga em barcelona e da vez de comer a paella tradicional, comi uma vegana por sentir muita culpa uauahs mas ano que vem eu dou um jeito nesse desejo, bjoss
Até me emocionei aqui Carol.. Muito doido como o desejo conversa vez ou outra com nossas memórias afetivas né? Eu já me denominei vegetariana por uns meses, mas logo caiu por terra quando mudei do interior pra São Paulo e aos domingos, na minha rua, tinha uma feira que vendia um pastel de carne e o recheio era do jeitinho que minha mãe preparava quando era criança. Não pensei duas vezes em quebrar a escolha do: ou pastel de queijo ou de palmito.
Nessa mesma época, graças a uma amiga vegetariana, encontramos pertinho dessa minha casa, uma das pizzas mais deliciosas e vegetarianas que já comi. Foi ali que percebi que estava tudo bem consumir carne, mas também era importante aumentar o consumo de vegetais, já que o vegetarianismo estava presente na vida de alguns amigos. Mal sabia eu, que anos depois, me tornaria cozinheira e um dos meus primeiros trabalhos seria dentro de um restaurante vegano e a paixão pelos vegetais cresceria num nível absurdo. E mesmo sem deixar de consumir carne eu era a palestrinha dos vegetais, e as pessoas: mas você é vegana? E eu: não hahahah 🤭
É muito bonito destruir a barreira que nós mesmas criamos para nos limitar dentro das nossas verdades. Que bom poder mudar de ideia. Que bom poder ser verdadeira e contraditória. E que bom, apesar da dor e exposição, ler relatos como esse. Viva a liberdade de poder estar alinhada com os nossos desejos!
Ai, que carinho bom esse seu! O mais importante é a gente seguir valorizando os vegetais e tratando carne como exceção :)
Obrigadaaaaaaaa, sigamos fortes!
Obrigada por compartilhar tão íntimos sentimentos. Você é
admirável! Com queijo, com carne, com vegetais. Admirável!
Fico tão feliz com esse carinho :)
Tenho comido carne às vezes. Não é a regra da minha alimentação, não sinto vontade com frequência, mas poder abrir exceções e fazer isso quando sinto muita vontade me liberou consideravelmente da minha compulsão. Ah, e no contexto de síndrome de intestino irritável, que não tenho conseguido comer leguminosas, poder comer um peixe sem culpa pra variar do tofu também tem me ajudado
O mais difícil é conseguir se libertar de si mesma! Que bom que você conseguiu, Carol! Muito orgulho de você.
exatamente, haja análise! obrigada, Clara :)))
Carol, espero que você venha a Porto Alegre em breve para que eu possa retribuir, pessoalmente, o abraço que me foi dado ao ler seu texto. Não sou vegetariana, mas o consumo consciente de carne (sobretudo gado e porco) é algo que acredito MUITO (considerando que nasci em uma cidade que depende do agropecuária, foi bem difícil no começo). Inspirada aqui!
Carol, a sinceridade com nós mesmas é sempre o melhor caminho.
Eu te entendo e, como você mesma exemplificou no texto, você não está só.
Em 2021, depois de 4 anos vegetariana, ao me mudar para uma cidade do interior de São Paulo com muitos restaurantes especializados em carne de porco (e nenhum vegetariano) acabei voltando a comer carne pontualmente, principalmente na rua. Naquela época fez sentido, eu queria experimentar aqueles sabores.
No final de 2023 eu voltei ao vegetarianismo, pq foi o que fez sentido pra mim naquela época e segue fazendo agora. Mas sei que a qualquer momento posso mudar de ideia, é isso. Somos mutáveis e é bonito demais quando aprendemos a nos respeitar assim.
É impressionante como esse movimento pós-pandemia tá rolando, percebeu?
obrigada por me contar :) e pelo carinho!
Grata por compartilhar algo tão íntimo como suas escolhas diárias! Me identifico muito. Tentei o veganismo por 1 ano mas me restringiu demais, inclusive nas interações sociais. Aí voltei para o ovolactovegetarianismo, dieta que fez parte da minha vida por uns 5 anos, até que comecei tb a salivar por iscas de peixe frito e um dia simplesmente comi da porção que minhas amigas pediram. Passaram-se mais 7 anos no ovolactovegetarianismo com peixes esporadicamente. Até que em janeiro deste ano fui com meu companheiro no Namastê, um restaurante indiano em BH, e ele pediu Coxinha de frango frita, extremamente crocante e suculenta. Avisei pra ele: não assusta, vou comer uma! Ele ficou completamente espantado haha. Desde então venho comendo frango, as vezes por vontade, as vezes por ser uma opção proteica mais saudável. Mas confesso que não aprofundou muito o pensamento no sofrimento animal porque me traz imensa culpa, estou aprendendo ainda a lidar c isso. Mamíferos eu nunca gostei de comer, desde pequena, e tenho a mesma reação que vc teve qdo te perguntaram sobre deixar o veganismo, me parece uma ideia absurda. Mas é isso, vivemos em sociedade e eu adoraria que todos os lugares tivessem refeições vegetais saborosas e equilibradas, mas enquanto o sabor de pizza preferido da minha mãe for frango com catupiry e me sogro fizer peixe assado que ele pescou, eu quero poder desfrutar. Nossa, ficou um textão, realmente me identifiquei muito rsrs
essa parte das restrições sociais foi a pior pra mim, te entendo perfeitamente! e obrigada pelo textão, o tanto que amo quando as pessoas escrevem de volta, sério! amei saber :)
Que texto maravilhoso! ❤️
ai :)