Das coisas invisíveis
Quando eu tinha cinco anos, uma professora notou minha dificuldade de enxergar a lousa e aconselhou que minha mãe me levasse ao oftalmologista — o diagnóstico: “Carolina precisa usar óculos com lentes de menos cinco graus”. Chorei por três dias seguidos após o médico colocar a armação pesada no meu rosto. Imagine só enxergar o mundo de um jeito e, de repente, tudo mudar!
Meu caso ótico se agravou: em 2018, cheguei a menos vinte graus em cada olho, sendo que o esquerdo não é corrigido totalmente pelas lentes de contato.
Aos sortudos que têm visão de lince, explico o que significa menos vinte graus: sabe quando, num banho quentíssimo, a gente olha através do box e o vidro fumegado pelo vapor não nos permite diferenciar uma pessoa de uma toalha pendurada? É mais ou menos por aí... só que pior.
Espero que até a minha velhice haja tecnologia médica que garanta uma operação saudável — por enquanto, os oftalmologistas não se arriscam —, mas, até lá, decidi que vou continua…
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