Quanto mais envelheço, mais me apego e valorizo as pequenas tarefas manuais, como branquear as golas das minhas camisas de linho e os panos de prato. Não existe chatice maior, mas é das coisas que tem colocado minha cabeça no eixo esse negócio de lavar tecidos separando por cores. Decido que a toalha de rosto rosa, manchada de corretivo para olheiras, ficará ali esquecida até ganhar uma companhia similar dentro do cesto, pois não pode ser lavada junto com a manta branca, cheia de pelos do meu cachorro. Decido também que a camisa oversized branca e preta é melhor junto com as roupas pretas, numa lavada futura, pois é nova e ainda não sei se solta tinta.
Durante essas pequenas escolhas eu respiro e adio as outras coisas burocráticas do meu trabalho, que naquele momento não são importantes como clarear as manchas, separar roupas que precisam de ajustes para minha amiga me ajudar com a costura, pensar na mesa que montarei com aquelas toalhas branquinhas, cheirando a óleo de argan, bordadas…
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